Quando... Quando o chão faltar sob os pés ao invés de cair levante voo pr'além dos horizontes mesquinhos. Se não conseguir tente de novo. No lugar dos braços pinte um par de asas que te leve ao alto mais alto. Daí voe direto pr'onde teu coração bate mais forte. Se não conseguir chorar, pra quê? Dê um abraço em quem você ama. Se a distância for maior que o alcance dos braços feche os olhos. Jogue um beijo ao vento... Viu?! O Amor dispensa asas pra voar.
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Lata de biscoito porque você queria uma lata de biscoitos vazia para encher com bilhetes cartões de Natal santinhos de primeira comunhão epitáfios (sementes de outras vidas); porque você queria uma lata de biscoitos vazia para encher com fotografias em preto e branco monóculos coloridos (instantâneos de vidas); porque você queria uma lata de biscoitos vazia muito depois que você se foi reencontrei a lata cheia de Amor (retalhos de nossas vidas).
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Éramos sete Éramos sete a testar a paciência de dois. Éramos sete?! Nove, éramos então ... não fora cada um trazer outros tantos mais!!! E haja risos, jogos, brigas brincadeiras, lágrimas nascimentos, batizados aniversários, adeuses ... Vida! Éramos sete a testar a paciência de dois. Hoje de fazer conta nem dou conta mais ... e a saudade só aumenta nos que sentam em derredor d'uma mesa que não existe mais. Mais, muito mais que lembranças partilhando pão, água, bolo... arroz numa família sem preocupação com o "depois". E tudo porque éramos sete a testar a paciência de dois.
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Até quando? batista filho Antigamente barcos levavam meses para ir de um continente a outro. Atualmente aviões fazem tal percurso em poucas horas. (É como se as distâncias encurtassem cada vez mais.) Porém mesmo com todo o avanço científico e tecnológico é mais fácil e mais rápido o homem chegar à lua que chegar ao seu próprio coração ... Que dirá do próximo?! O mar do Egoísmo continua sendo quase intransponível ... Até quando?
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Crianças brincando batista filho Vendo crianças correndo sorrindo a brincar como se brincar fosse a razão de viver lembro: também já fui criança a correr com o vento apostando corrida contra o tempo e acreditando ser possível ganhar. Nos seus olhinhos inquietos vejo a vontade de conhecer o mistério que se esconde debaixo daquela pedra tantas vezes levantada para uma curiosidade jamais saciada. Não perdem tempo: correm a brincar sempre que têm oportunidade. Na época dos ventos fortes soltam pipas coloridas levando os sonhos bem para o alto quase a sumir de vista! Transformam a casa no que a imaginação permite (se a chuva forte brincar lá fora não permite). Quartos e quintais viram florestas desertos... Vão à lua, singram mares bravios... Num mundo de faz-de-conta reinventam tudo que há. E haja o que inventar! O que é deixa de ser vira
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Poema inacabado Em meio a idas e vindas encontro pessoas de tantos ofícios: repentistas, benzedeiras bordadeiras, cozinheiras lavradoras, professoras... Cujas histórias fazem parte do Poema disperso por becos estradas e campos. Tem gente que corre o mundo todo que discorre sobre tudo ... mas não se vê nem se reconhece nas pessoas que tangem a fome clamam ao céu aboiam sonhos bordam as manhãs semeiam tanto quanto o abecê: ao plantar, ao colher e ao fazer o que todos hão de comer. Tem gente que julga conhecer o mundo todo e do mundo todo saber tudo e tudo que sabe saber mais que todo mundo ... mas não (se) vê nem reconhece o saber de... repentistas, vaqueiros, rezadeiras bordadeiras, professoras... Tem gente que se julga maior que a Vida. Não percebe que é simplesmente um verso do Poema inacabado. Obs. Toda história de vida é importante. Merece ser (re